But i try..

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terça-feira, 25 de julho de 2017

caderno de decepções

Essa eu escrevi para você. É, você conseguiu. lembra quando disse que estava esperando me decepcionar em algum momento que a vida já não traria mais surpresas... pois é, parece que essa é minha função nessa vida, me decepcionar e desacreditar. É, eu tava tentando ser feliz ao seu lado ou menos te fazer feliz todo dia pela manhã beijando teu pescoço de devagar até sua testa, beijar seus olhos sonolentos . Mas agora eu sempre vou lembrar no profundo dos seus olhos e sentir que as ondas que ali flutuavam não flutuam mais. – Oi tem abridor de vinhos? Foi como nos conhecemos.  Vizinhos de apartamentos com historias.
Alguma coisa dizia para mim, vista suas roupas e suba, vista suas roupas e suma. Mas resolvi desafiar o risco e abrir os pontos das cicatrizes.. e veja só, para me machucar de novo. Cedi. Fiquei para mais uma taça, um beijo, dois beijos, cigarros medida foram diminuindo os beijos e os cigarros aumentando e álcool tomando conta. você se mostrando feito um velho, frio, calculável e racional. Que nem um beijo de saudade ou tesão havia mais. Não vou medir palavras para quantas vezes eu senti falta de alguém conversasse comigo sem que fosse do seu trabalho, alguém que tivesse lido bons livros de poesia, assistido a bons filmes sem que fosse um blockbuster com superherois voadores, e quando eu indicasse um, não tivesse dormido neles, alguém fosse a uma peça de teatro, que fosse ao museu? e principalmente alguém que tivesse interesse nas coisas que dizia, alguém que não carregasse medos, mentiras, problemas dentro de uma caixinha sabe? Alguém que não se prendesse a pequenos tradicionalismos, alguem que fosse uma pessoa real, uma pessoa que chorasse quando fosse verdadeiro, alguém que falasse do medo que sentiu quando se perdeu pela primeira vez. Mas desde então o que só pude ver foi um muro, ou uma personificação de uma pessoa que não consegue encarar seus próprios erros. Alguém fraco. Que não tem coragem.

É, Eu sempre soube C., alguma coisa me dizia que não daria certo. Meu senso de fracasso, de trouxa ou realista insistia em dizer: cai fora é furada. eu sempre soube desde a primeira vez que mentiu sobre uma historia mirabolante, ou quando me deixou plantado arrumado esperando você me ligar, ou daquela vez que me disse bêbado com a taça de vinho que não mentia mas sim omitia, ali eu já sabia que o seu mar já era poluído o bastante para os verdadeiros peixes pudesse nadar nele. Eu sou de câncer né, dramático demais como dizem. Mas uma coisa eu aprendi “quando o amor não estiver mais sendo servido, é hora de se retirar da mesa.”  hoje eu te deixando, vesti minhas roupas calcei estes sapatos e acho que perdi uma meia.  

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