But i try..

But i try..

terça-feira, 22 de julho de 2014


Ah, mas a minha gente. gente,
é a gente!

Todo mundo unido n'um só abraço

                                                       Deixa eles serem
                                                       Essa coisa toda
                                                       Essa gente tanta

Folha 24.





Durmo, acordo.
Encosto minha testa na parede fria. congelo e tudo a minha volta pega fogo.
Pega fogo na cozinha, pega fogo na sala, pega fogo na outra sala, pega fogo no corredor, pega fogo lá fora.. buzinas, alarmes assoam, mulheres e homens correm atras de garrafas vazias. e eu sou o liquido.

Tudo inunda, tudo aqui é submerso.
É meu descongelamento que grita. São camadas que derretem, minhas geleiras desmoronam-se. mas continuo sólido. e tudo perto de mim é mar.
nado dentro de mim e encontro navios abandonados, cavalos marinhos, sereias de cabelos rosados.
Cantam um bela canção que é mais ou menos assim:

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Ouviu?
A canção fala sobre um cavalo, um cavalo que vive dentro dela. 
Ele trota em seus campos que nunca são pequenos, suas montanhas são tão altas, seus bosques profundos e seu quintal é imenso. Ela beija o focinho do cavalo, me olha suavemente e me diz:

 — Agora você deve cuida-lo.

Sirenes ecoam. Arrobam a porta!
E ondas verdes espumantes agora saltam em câmera lenta, levando tudo o que vem pela frente.
Como uma porta de trem que se abre ou gota que faz transbordar o invisível.

wake up!
A geladeira já descongelou.







domingo, 13 de julho de 2014

Folha 23.




Mas eu sou assim, como apressado e tomo café antes de dormir
saboreio um doce de cada vez, apesar de preferir salgados.

Mas eu sou assim, falo, escrevo.. 
depois penso no que pensei e nunca é o que queria pensar.
Eu nunca estou certo. Não há coisa mais pacata, equivocada do que estar sempre certo.
eu vou errando enquanto o tempo me deixar. sou cheio de duvidas. e nunca me engano.

Mas eu sou assim,
me desperta vontade em ver aquele filme que não gostaram, aquele livro de capa velha e também aquele muito novo sem capa alguma,

  aquele que não fez sucesso sabe?
—  um sucesso desconhecido?
—  isso! esse mesmo.
isso pra mim é um tesouro! 


Esses me pego amando, alias amar pra mim é prioridade, uma paixão por explosão de sentidos.
Sou daqueles que não consegue odiar, mas sentir pena.
Sou sincero; e minha sinceridade assusta. Revela.
Mas também gosto de colorir.

Mas eu sou assim, 
Não sou sofá estampado nem quadro para ficar admirando. eu grito!. falo alto e em silêncio.
Não preciso saber de tudo, gostar de tudo, concordar com tudo. para mostrar para alguém ou além, que sei/sou alguma coisa. o que sei é coisa-nenhuma. não sou coisa-nenhuma meu amor.









sábado, 12 de julho de 2014


Disseram-me uma vez que as palavras pra mim: era como uma caixa de surpresas e que eu sabia usa-las. O que eu desacredito total nessa possibilidade. No entanto ainda estou descobrindo, nas descobertas de minhas cobertas. E o que tenho escrito não passam de tolices que não te digo.

 — Algumas delas sentiram-se próprias de vontade de ser tornarem vivas, lidas e compartilhadas..   

 Portanto amigos queridos, neste mês de meu aniversário quem ganha o presente é vocês. Tem bastante! Tá afim de ler um? joga teu endereço pra mim aqui na caixa ou aqui: emailjoenicolay@gmail.com

Te mando por correio, pela garrafa, pelo pombo. o importante é ler. e se não gostar, tudo bem. eu também não gosto de tudo rs
— Mas me sentirei honrado e estas tolices vivas.

o Livreto é presente, mas a contribuição é espontânea.
Agradeço o Atelier - Blanc Pages por me apoiar.
e pelas tarde costurando livreto regadas a café forte (:


Folha 22.



Uma vez quando me perguntaram qual seria minha vontade.
Respondi na mais sincera verdade, que minha vontade era de deitar nos trilhos do trem, e ali
esperar ele vir, só para ver ele passando,..
passando..
passando.

Alguns chamariam isso de morte, mas eu chamo de vida.
A gente precisa se arriscar as vezes, a gente precisa parar avenida, tirar os sapatos, andar de pés descalços até a ponta da ponte, tomar um gole na garrafa de um desconhecido, beijar a criança na testa, pegar a mala, a estrada, .. a mão.

Deixar a porta aberta, dormir de velas acessas, descer escalando do quarto andar, ficar trancado, esquecer as chaves, o guarda-chuva, o livro e o juízo.

Mandar cartas erradas, trocar telefones, mandar flores sem motivos.
não responder aquele email, ligar para saber como está.

Andar de olhos fechados por 27 minutos, rir sozinho em frente do espelho, colocar sal no café, cantar uma canção do Roberto, ser atropelado por uma bicicleta, comer um xis de moranga.

Tomar chimarrão, pedir muda para o vizinho e depois lhe falar de: como sua vida anda sem aventuras.




terça-feira, 1 de julho de 2014

1 curta pra terça ou novo ciclo


"As pessoas já não sabiam se era alguém que morria ou alguém que nascia... Mas uma coisa era certa: ninguém se importaria de partir assim."