But i try..

But i try..

sexta-feira, 28 de março de 2014

Folha 15.

Nas descobertas de minhas cobertas
descubro eu; descubro tu.

Viro meu meu rosto no espelho, canto, converso
e tudo mais jogo num verso.. intitulado mal secreto.

Quero correr no campo dos teus olhos, nadar em tuas águas
Ligar tuas constelações nas minhas.
Escalar pelo teu pescoço até a tua nuca.
Viajar em teus cabelos; beijar tua bunda.

E ver de longe o que nunca foi meu.
Sou feito de frações de segundos, sou feito de inventos do coração a ponta do lápis
que te escreves neste momento. te invento. ainda te invento.

Pois se sou eu o criador deste encanto, bruxo de minha própria magia.
Te quebro, arranco.



_
Voltei, pois ainda não acabei de ter dialogo contigo. alguns minutos já se passaram desde minha ultima linha. estava eu recompondo meu quebra cabeças que nunca completei. Pensara que seria forte o bastante para encarar aquilo que desconheço. Pois a verdade é: me encanta aquilo que não sei. Não suporto obviedades. Detesto certezas. Vivo do incerto; e ele me parecia bom. Tão incerto que agora já não tenho mais certeza sobre meu invento.
Sou tolo.
Tolo, que vai em busca de tesouros em um mapa desconhecido que lhe deram.
E se atrás daquela montanha não houver arco-íris? Quem saberá dizer? o escalador, o alquimista perdido. ou você e eu devemos encontrar a resposta?
Escalo montanhas, pego barcos sem bússola, mas com remos sempre em mãos.
navego.

Entendes agora a descoberta que estou a fazer? Estou chegando a conclusão contigo amigo,
que o impossível.. Ah o improvável: Ele me fascina!

Tolice.









quinta-feira, 27 de março de 2014

Rascunho 06:07

Sister..
           Eu sei quem você é; e estou de olho em você.
Não és fraco, pois faz parte de meu jardim de petúnias. minhas petúnias roxas.

          Quem foi que disse que chorar não se deve?
Eu estou aqui, e vou te ouvir. me de a sua mão e sorria.
Gire!
Dance!

        Pois quem foi que disse que desejar o ventos dos campos de girassóis é pecar?
Pois se ________ é pecar:

Somos todos pecadores de alma púrpura.

terça-feira, 25 de março de 2014

—  Soy 



Rascunho.

Velocidade da luz, velocidade do tempo?
Prefiro uma manhã sonolenta de raios de sol pela janela, uma xícara  café.
uma folha.
um envelope.

Já estamos atrasados!


sábado, 22 de março de 2014

Folha 14.

Hoje pela manhã acordei-me em disparada, mal amanhecia o dia.
minha boca seca de palavras não ditas; de tolices que não te digo.
Chove de novo.
Sacio minha sede.

Inclino minha cabeça a beirada da cama como quem observa um precipício.
vento nos meus cabelos; sinto que vou voar de novo.

Vento frio. suspiro.
Lembrança de uma chuva passada; de um passado quase esquecido nas gavetas da memoria.
Infância.

— Posso te acompanhar até sua casa? Está chovendo.  
— Não! daqui sigo sozinho, pois moro perto.

Para não-descobrir onde morava, na chuva seguia caminhando cerca de quarenta minutos contados.
Resolvia então sempre fazer aquele meu velho atalho pelos trilhos do trem de carga, que cruzava a cidade toda. trilhas a dentro desabitadas. cheiro de ferrugem e folha.

Subia então nos trilhos, equilibrando-me com os braços abertos lá me ia..
Inocente, sozinho e acho que feliz. Cantava.. eu e a chuva.
Naquela idade já sabia ter diálogos contigo. digo; comigo.

Volto-me agora para onde estou ainda com a cabeça a beira de minha cama.
Volto-me a mim mesmo. aonde eu deveria estar para não me deixar perder.
Pois ainda estou seguindo no trilho.





sexta-feira, 21 de março de 2014

Rascunho mental

Porque tenho em mim muitos minutos, mas só vou lhe falar de 1.



Folha 13.

Toc, Toc
Eis que me bate a porta, espio pelo olho-magico, é ele novamente.
Suspiro. Seguro o trinque da realidade penso que não devo abrir de novo, mas ele bate.

Tum, Tum
_ O que você faz aqui? o que quer de mim?
Não foi você que saiu para a poucos dias para comprar cigarros e nunca mais voltou?
porque agora? não volte mais!

Meu outro eu, que a mim projeto. que é feito e gelo
(como gostaria de ser) derrete-se.
Caio, cedo novamente a outro que na verdade é o mesmo que me cerca. sou fraco.
logo entrego-me. Meus olhos acendem e meus dias começo eu a colorir. Me rabisco

É ele, esse maldito que insiste viver comigo.
Tum!
que insiste bagunçar-me todo e depois fugir.
Tum Tum!

Mas hoje pela manhã cheguei a conclusão que sem ele não consigo viver.
Ele vai mas sempre volta de uma forma diferente. me surpreende.
_certa vez quebrou a janela.

Entrou e não quis mais sair.
Já entrou e mim, virou vicio.
para sobreviver preciso de água. tenho sede. quero cachoeira.
Já não consigo viver sem o vicio de:___________
em segundos tenho overdose.

braço esquerdo. na veia
_/\./\z/\l\_ 



quinta-feira, 20 de março de 2014

Folha 12.

  Como pode ser alguém; sonhar com algo que deixou de acontecer?
  
mas se sonhar já é viver,
já é fato.
é coisa.

Sinto que te conheço de outros navios, de outros dias. de outros mares.
Já passei por aqui, observo teu quadro


te enquadro

me traz uma bebida; e me deixa tomar uma dose de nós.
Vou deitar
pra sonhar,
                  te encontrar..


quinta-feira, 13 de março de 2014

Folha 11.


Quando; em que momento eu te disse que para escrever tais coisas era preciso estar triste?
ando me  triste é quando não tenho dialogo comigo. Já lhe contei o segredo da tristeza?
Não, não vou lhe confessar totalmente hoje.

_Tens medo de ficar triste? Pois se eu lhe contar que não sou triste, nem sofrido!?
sou outra-coisa meu amor. e não tenho mal, apenas sou.
Tens medo de não suportar a gloria do simples?
Tens medo de se deixar ser tomado? entregue.

Mas eu sei que há uma experiência de glória no qual a vida tem o puríssimo gosto de melancolia.
E quando se realiza o viver, pergunta-se mas era só isto? e a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.

" Só que é preciso tomar cuidado para não fazer disto mais do que isto, pois senão já não será mais isto. 

quarta-feira, 12 de março de 2014

Folha 10.

Acabo de ser raptado por ela.
te escrevo agora nesta folha amarela. Experiência tal como ele diria: transcendental.
Fomos além da matéria viva.

Eu aqui sozinho deitado em minha cama com meia dúzia de cigarros amassados, minha xícara noturna; combustível quente de café. Eu aqui: ela lá.
Não espera; já perto do final pude me dar conta que ela já estava aqui, e que segurava sua mão o tempo todo. ou ela segurava a minha? Eramos eu e ela, no silencio da madrugada.

_Balbuciava feito criança, deitava em seu colo e a deixava me cariciar com sua palavras.
Fecho meus olhos, movo-me para o canto da cama já estreita e a convido para deitar-se comigo.
Estendo minha mão, e sinto teu calor.

Que honra! Me deste a essência!
Essência e sabedoria de ser inumano. de estar vivo pela mais fina e inatingível sensibilidade de ser.
Estar vivo é inumano. Ser inumano, não significa ser desumano.

Aprendo contigo, minha mãe-essência.
Aprendo também que quem fala demais é porque não tem muito a dizer.
E quem não escolhe a fala é porque já cansou de dizer. mas tem muito a ser dito, e diz
(o que não se ouve; ah meus amores, mas isto é segredo nosso)

_Sorrio incansavelmente.
Olho para ela daqui, e ela de lá. Me assististes aprendendo a dizer as primeiras palavras sem falar.

Por enquanto não sei quando vou me cansar totalmente, mas ainda grito.



terça-feira, 11 de março de 2014

Hoje sem folha; apenas fones. luz apagada, ventilador ligado.
lá fora anunciando o dia; 07:16 de uma terça-feira; fruto de uma noite de insônia comigo e meus botões.

"Minha beleza não é efêmera / Como o que eu vejo em bancas por aí..

segunda-feira, 10 de março de 2014

Folha 9.

Vou lhe contar certa experiência que tive uma vez. não; eu não quero me acostumar a isso. Não posso costumar-me a lhe contar tais coisas que são de meu outro plano. É segredo, é vasto.
_ pra saber o que se passa aqui, é mais do que um simples ler de minutos.

Coloco uma musica com intuito de passar o tempo; o que nunca me é verdade, ir na janela fumar um cigarro ter minutos de mim para mim mesmo, olhar para estrelas, conversar com elas.. lembro-me que a alguns anos atras eu havia feito amizade com uma estrela. olhei para ela e nos piscamos! _disse meu nome e ela disse que eu seria dela.
vivia na constelação de minha janela.. contei-lhe coisas bobas e ela me ouvia, as vezes me dizia o que fazer. era amizade. comunicação de janelas. mas isso prometo lhe contar outra hora.

No entanto na sala, naquela madrugada vazia estava eu; acompanhado de minha solidão.
já se entoava uma bela musica, que entrara pelos meus ouvidos circulava pelo meu corpo e me puxava para dançar. ainda com o cigarro na mão _dei-lhe a outra e fui com ela, a dança havia me tirado para dançar.
 
Tornei-me criança, fecho meus olhos e transfiguro-me para outro plano. É belo, sinto-coisa.
sinto tudo ao meu redor e o que está longe. Que poder é esse? Canto e danço com meus olhos ainda fechados que agora estavam em lágrimas. havia tomado conta de mim. era arrepio. calafrio-quente.
Lagrimas salgadas, já podia sentir o gosto.
Penso que sal vem do sentimento, assim como o doce. doce a gente faz, sal é mar; mar de sentimentos. Olho pra mim, fora mim que já estou encharcado de meu mergulho. Me sinto alegre! Me sinto vivo!
_Lágrimas de uma nostalgia boa que não vivi.
Choro, mas choro sorrindo. Danço!

Giro e vou pra longe de mim, estarei eu indo ao meu encontro?
deixo-me seguindo as correntezas de meu próprio mar.   


Pego minha solidão e danço. Pego meu carinho e vou pro ninho.



sábado, 8 de março de 2014

Folha 8.

Inércia. Subrmerso.
Paraliso-me por instantes, tudo a minha volta corre. eu petrifico.

Não sei ao certo que nome dar a isto.
_Alguém de meu planeta saberia me dizer? Não, não é doença; não me sinto enfermo.
me sinto essência. É dom?
Teletransporto-me em frações de segundos para meu planeta. Meu planeta é feito de água.
tem nele um espelho que reflete isto aqui; _ que não posso nem chamar de planeta mas talvez de escombros. de construção; ou destruição? que os chamam de Terra.

Neste meu teletransporte, meu espírito dissolve-se daqui, meu corpo; carcaça congela.
No meu espírito, me é dado outros olhos, um olho.

Este olho vê o que não pode ser visto, vê ou sente?
vai ver ele enxerga essências. Tem cor, é belo. mas também sabe ver o horror.
Quando falo em horror não me refiro a feiura. porque o belo também sabe ser feio.
 _ e vice-versa.

Apago-me de minha matéria humana meus olhos carnais ainda abertos, continuam inercios.
3
2
1.. - Você está bem? Não falou nada.
     - Estou sim.
Já falei muito, você quem não ouviu.

*porque o que te digo, não é o que te digo, e sim outra coisa.





sexta-feira, 7 de março de 2014

Folha 7.

Sujo. lapis. sujeira esta que vai tomando forma enquanto te escrevo entre estas palavras.
mancha meu papel.

03:47 Te olho fita-azul, sei que me fitas.
Elevo meus olhos agora, e pouso fixamente a uma fita cor de azul de cetim e nela amarrada penas verdes.
nos amarramos. O vento entra nesta cela solitária e balança suavemente a fita e parte de meus cabelos caídos sobre meus olhos.

3 ou 7 segundos se passaram, lapsos nos laços. viajo
tentando entender sempre o que não está ao meu alcance. tentando entender esta leveza do objeto.
_Quem dera eu ser um ser leve! pois carrego comigo este peso de viver.
Oh que pena! que pena que balança. Estaria a leveza no ser objeto? no ser pena?
Não, não tenho vontade em mim ainda nesta vida de ser objeto. Ainda quero ser vento. Quero ser pássaro!
Penas te deixo no caminho, sem pena.
para que tu possas amarrar na tua mais bela fita de cabelo, fita azul; sereia filha das águas.

levanto meu voo de meia volta, e pouso aqui;
volto a mim que estou em meu leito; meu ninho. observando própria pena de mim.
Limpo meu lápis que te conta. rabisco e escrevo em cima o que não posso apagar. sem inspiração. inútil.
apenas palavras jogadas ao vento numa falha tentativa de voo.

Agora irei fechar meus olhos e mergulhar na imensidão de mim. abisso verde.

Ainda escrevendo sobre os rodapés desta folha; me desfazendo me despeço estendendo minhas asas e às colocando em cima do guarda-roupas. Hoje não quero ser pássaro. Quero voltar a ser gente, mas não essa gente-objeto.


quinta-feira, 6 de março de 2014

Rascunho desconhecido.

Joana não gosta de ganhar flores;
queria mesmo era receber sementes.

Acha mais bonito ver algo nascer, do que murchar rapidamente.


segunda-feira, 3 de março de 2014

Folha 6.




Olho para o vaso de planta caído ao chão. Ele me olha de volta e me diz:
 - Cuida de mim, troque-me de vaso e me faça florir.
Não sei se já neste momento tenho tamanha vontade ou poder de curandeiro.
- Não posso te curar, planta.
Para isso devo achar o remédio. esse remédio se chama: vontade. Essa que já não cabe mais em mim
que no entanto agora minha vontade é aquela de não-ter-vontade-alguma. é o que tenho.
Estagnados estamos.
Você planta; eu caule.

Pragas tomaram-nos conta. ou por descuido caímos e ali ficamos. Mas mesmo parecendo mortos ainda estamos vivos. o que chamo de natureza morta-viva. tomando assim deitados: água de chuva e sol forte.
- Agora quem te cuida já não sou mais eu, minha planta.
Já é hora de sair do seu vaso e esparramar-se pelo solo. só.
Já tens o que necessita, vá em busca de outras plantas através deste solo. crie raízes. levante o concreto.
rache este vaso.

Mas agora a planta me olha novamente e me diz:
- Não posso, sou violeta. E só quem é violeta, sabe o que é ser violeta.