But i try..

But i try..

sábado, 12 de julho de 2014

Folha 22.



Uma vez quando me perguntaram qual seria minha vontade.
Respondi na mais sincera verdade, que minha vontade era de deitar nos trilhos do trem, e ali
esperar ele vir, só para ver ele passando,..
passando..
passando.

Alguns chamariam isso de morte, mas eu chamo de vida.
A gente precisa se arriscar as vezes, a gente precisa parar avenida, tirar os sapatos, andar de pés descalços até a ponta da ponte, tomar um gole na garrafa de um desconhecido, beijar a criança na testa, pegar a mala, a estrada, .. a mão.

Deixar a porta aberta, dormir de velas acessas, descer escalando do quarto andar, ficar trancado, esquecer as chaves, o guarda-chuva, o livro e o juízo.

Mandar cartas erradas, trocar telefones, mandar flores sem motivos.
não responder aquele email, ligar para saber como está.

Andar de olhos fechados por 27 minutos, rir sozinho em frente do espelho, colocar sal no café, cantar uma canção do Roberto, ser atropelado por uma bicicleta, comer um xis de moranga.

Tomar chimarrão, pedir muda para o vizinho e depois lhe falar de: como sua vida anda sem aventuras.




Nenhum comentário:

Postar um comentário