But i try..

But i try..

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Folha 2.

     No relógio marca 23:45 - quarta-feira 26 de fevereiro, o ano não me importa, porque já vivo no passado de um futuro a muito tempo.
Hoje senti que preciso correr, não posso perder tempo, corro. como agora neste momento te escrevendo estas linhas tortas; que já nem linhas tem, é um papel em branco. E neste papel em branco vou fazendo meu dialogo contigo, corro.
Escrevo com pressa porque não sei quanto tempo ainda terei. neste momento paro; olho para o relogio novamente que agora marca 23:49 quatro minutos já se passaram então. Vamos! continue o tempo está rodando você não pode parar, eu.

Preciso me organizar, preciso me organizar.
Mas o que devo fazer já que minhas partes estão agora dividas? tenho que juntar-me novamente.
Juntar-me, me refiro a um grande golpe ou caída de um 48º andar. mas sobrevivo.
E é aí que o outro eu dividido, este outro eu que não tem forma, me leva a recomposição de mim mesmo.
_Monto, e desmonto-me.
_É o que costumo fazer, metamorfose.

Agora preciso de ar, inspiração.
sou tão desprovido de talento, mas quero. como uma criança com capa de voar.
musica que me toca. quero.
_Quero toque, quero corda. amarrar-me em mim pra não me deixar soltar.
mas sou passarinho, e passarinho preso não canta mas lamenta. sabemos.

Olho pro meu passarinho, ele não está preso. mas leva a gaiola consigo.
gaiola esta, que ele mesmo usa para se defender. esconde-se.
Volto para dentro.
_ penso que liberdade não é pra mim, não saberei eu dar conta. não sei.
_ Mas quero ninho, não gaiola.

Canto, e o que canto mais parece um lamento. mas você não entenderia.
é plenitude, é leveza, é dor sem culpa.


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