But i try..

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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Essa eu escrevi pra você

É, eu sei. Eu me pergunto também que trem eu peguei pra descer neste ponto.
Ponto, virgula, reticencias. whatever.  
O que a gente espera do amanhã de manhã? Tu vens, tu vai?  Tomas um gole e me olha perdido, como se fosse peixe dentro de uma xícara de café preto amargo e sem açúcar.  
E quem está aí dentro ou quem quer sair daí? Tá vivo?

A proxima sessão é as 19h, aquele filme com a Sophia Loren de 74, que provavelmente você nunca assistira porque dormiria em todos. Essa sala vazia, queria ser viva. Película antiga sabe que muitos outros antes de você e eu, se fitaram aqui. 
Eu, ladrão de beijos.
É, talvez eu tenha gostado de você. Ou talvez não. De algum modo eu já sabia eu já sabia eu já sabia que você não permaneceria. É, talvez eu tenha gostado de você, talvez fosse paixão eu não sei, talvez eu pudesse te amar um dia eu não sei, talvez eu tenha gostado quando chegávamos tirávamos a roupa e transavamos loucamente, pela porta, pela parede, pelo espelho, pela mesa ao som daquele album vermelho do Caetano. Esse mesmo. Fumava um cigarro, me olhava completamente nu, completamente louco, completamente lindo. E eu pensara meu deus vai ser o meus caos mais bonito. Daí deveria ser aquela hora que eu deveria seguir o que está no script, vestia as roupas calçava os sapatos e ia embora, mas naquela noite eu fiquei. Eu quis ficar, te abraçar por tras, na cozinha, no banho, no espelho, te apertar no meu peito e só ficar ali. Olhe lá onde estou me metendo. Achando que estava agradando.

Verborragic(alma) eu verborragicamente falo. Tu me olhas analisando, provavelmente tirando conclusões precipitadas e erradas ao meu respeito. Por mais que eu me coloque no teu lugar, eu ainda vou pertencer a lugar nenhum desta porra-de-mundo meu bem.  Porque eu sei a dor e a delicia em nunca ser aquilo, que queriam que eu fosse. Não se cobre tanto, permita-se voar do ninho um pouquinho, eu adoço a vida com empatia, escolha, surrealismo e realidade e eu tenho um punhado de sonhos doidos pra dar certo, a gente aprende mesmo é quebrando a cara meu caro, sendo expulso de casa, trabalhando todo o dia, comprando uma passagem sem saber onde vai dar, e se por acaso não der .. amanhã vai ser outro dia sabe? Visto meu traje vermelho, pilho meu olho de escuro e saio a na rua, saio na luta.

Baby, you dont know me, and you'll never get me know me. Eu vim de um planeta distante, desci aqui de balão e tenho uma missão, tem um barco me esperando pra proxima estação. Diz que vai me levar pras franjas do mar um dia. E você, ah você ainda está na beirada da porta. Talvez eu te leve sementes em um dia de primavera ou quando você sair do seu edredom, venha até mim. Eu não te prometo que as coisas sejam perecíveis, mas aqui tem estoque de sinceridade e amor. Tem-muito-amor. Amor não é falta, nem saudade, devemos cuidar o que está por perto, não o que está longe do jogo alcançado. Antes disso, tome de um gole de realidade, depois venha passear no meu jardim, talvez em mim. Bilha vai, bilha que o sol bate na tua janela, é só deixar ele entrar. Eu caleidoscópico, bebado, sereno, disperso e incerto. poetico, eletrico, hermético, pragmático, pulsante e selvagem. Vivo, (in)sensivel, instintivo, ácido, simpático, apático, confuso e cruel. Erratico, elástico, enfático continuo aqui... raptando loucos, sequestrando sorrisos, roubando beijos. E escrevendo historias como essas que ninguém lê.




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