But i try..

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sexta-feira, 7 de março de 2014

Folha 7.

Sujo. lapis. sujeira esta que vai tomando forma enquanto te escrevo entre estas palavras.
mancha meu papel.

03:47 Te olho fita-azul, sei que me fitas.
Elevo meus olhos agora, e pouso fixamente a uma fita cor de azul de cetim e nela amarrada penas verdes.
nos amarramos. O vento entra nesta cela solitária e balança suavemente a fita e parte de meus cabelos caídos sobre meus olhos.

3 ou 7 segundos se passaram, lapsos nos laços. viajo
tentando entender sempre o que não está ao meu alcance. tentando entender esta leveza do objeto.
_Quem dera eu ser um ser leve! pois carrego comigo este peso de viver.
Oh que pena! que pena que balança. Estaria a leveza no ser objeto? no ser pena?
Não, não tenho vontade em mim ainda nesta vida de ser objeto. Ainda quero ser vento. Quero ser pássaro!
Penas te deixo no caminho, sem pena.
para que tu possas amarrar na tua mais bela fita de cabelo, fita azul; sereia filha das águas.

levanto meu voo de meia volta, e pouso aqui;
volto a mim que estou em meu leito; meu ninho. observando própria pena de mim.
Limpo meu lápis que te conta. rabisco e escrevo em cima o que não posso apagar. sem inspiração. inútil.
apenas palavras jogadas ao vento numa falha tentativa de voo.

Agora irei fechar meus olhos e mergulhar na imensidão de mim. abisso verde.

Ainda escrevendo sobre os rodapés desta folha; me desfazendo me despeço estendendo minhas asas e às colocando em cima do guarda-roupas. Hoje não quero ser pássaro. Quero voltar a ser gente, mas não essa gente-objeto.


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